Riachão (CD M. Traira)
Iê!
Riachão tava cantando
Na cidade do Açu
Quando apareceu um nego
Da espécie de urubu
Com uma camisa de sola
E a calça de couro cru
Beiços grossos revirados
Como a sola de um chinelo
Um olho muito encarnado
E o outro bastante amarelo
Este chamou Riachão
Para ir cantar martelo
Riachão lhe respondeu
Eu não canto com negro desconhecido
Porque pode ser escravo
E andar por aqui fugido
Isso é dar cauda a nambu
E entrada a nego enxerido
Eu sou livre como o vento
A minha linguagem é nobre
Sou um dos mais ilustrados
Que o sol nesse mundo cobre
Nasci dentro da nobreza
Não saí da raça pobre
Você nega porque quer
Está conhecido demais
Se você não for cativo
Obras desmentem sinais
Ou seja livre ou seja escravo
Eu quero cantar martelo
Afine sua viola
Vamos entrar em duelo
Só com a minha presença
O senhor já tá amarelo
Camará
Part of mukanda.
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